O crime cometido por Elize Matsunaga voltou ao centro das atenções após o lançamento da série Tremembé, lançada no último dia 31, que revisita a história marcada por um dos casos mais chocantes do país.
Elize, que à época mantinha contato limitado com a filha, fruto do casamento com o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga, foi presa em junho de 2012. A menina tinha cerca de 1 ano quando o crime ocorreu e passou a ser criada pelos avós paternos, Mitsuo Matsunaga e Misako Kitano, que tentaram poupá-la dos detalhes da tragédia.
A verdade veio à tona anos depois, quando a criança tinha aproximadamente 9 anos. Em uma conversa com colegas, ela foi questionada sobre quem eram seus pais e levou a dúvida aos avós. Ao perguntar a eles, ouviu que era filha de Marcos e Elize. Naquele momento, descobriu também que a mãe havia matado e esquartejado o pai. O choque foi profundo e exigiu acompanhamento psicológico para ajudá-la a compreender a situação.
Hoje, a jovem consegue falar sobre o passado, mas mantém os avós como principais referências familiares. A família chegou a entrar na Justiça para retirar o nome de Elize da certidão de nascimento da filha. A jovem não tem contato com a mãe e, segundo decisões judiciais, poderá decidir sobre um eventual reencontro apenas quando atingir a maioridade.
O crime
Em 19 de maio de 2012, Elize matou o marido, Marcos Matsunaga, após uma discussão motivada por traições. Cerca de dez horas depois, ela esquartejou o corpo em seis partes, colocou os restos em malas e os abandonou em uma estrada. O desaparecimento de Marcos foi inicialmente tratado como um mistério, até que o corpo foi encontrado em 27 de maio.
Elize foi presa em 5 de junho de 2012 e condenada, em 2016, a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão. Em 2019, a pena foi reduzida para 16 anos e 3 meses. Desde 2022, ela cumpre regime aberto e deve permanecer assim até janeiro de 2028.