A perícia da Polícia Federal confirmou que no documento usado por Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSOL), a assinatura atribuída ao médico José Roberto de Souza, não é verdadeira. A alegação do registro compartilhado pelo empresário é de que o candidato psolista teria sido atendido após um surto causado pelo uso de cocaína. Entretanto, a investigação desmentiu a afirmação.
“Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gênesis, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, constataram os peritos no laudo grafotécnico.
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Os agentes também destacaram que o documento não apresentava elementos de segurança e que por ser uma versão digital, impossibilita uma análise com mais profundidade e sem outras comparações para obter parâmetros.
“No caso em questão, não se trata de um documento de segurança, além de ter sido apresentado em via digital e não física. Assim, a verificação de adulteração ou montagem eletrônica poderá ser realizada por exames específicos que não foram objeto do presente laudo”, concluíram os peritos.
Já a família do doutor José Roberto, falecido em 2022, decidiu entrar com um processo contra Marçal, no último sábado (5/10), quando o ex-coach apresentou o documento no último debate antes da eleição. A filha do médico, Carla Maria de Oliveira e Souza, solicitou que o influenciador seja responsabilizado pela fraude. Ela ressaltou que seu pai nunca se envolveu com questões políticas ou clínicas fraudulentas. Em entrevista ao G1, Carla afirmou que José sequer trabalhou na clínica “Mais Consultas”, que aparece no documento.
Uma outra filha de José, Aline Garcia, explica que tem a assinatura do pai tatuada, e que a arte não condiz com o que está no documento. “Não entendo como foi cair o nome e CRM do meu pai. Não entendi até porque meu pai não estava ligado em questões políticas, nunca esteve. É descabível usar o nome de quem nem está mais aqui para se defender. Sempre foi uma pessoa íntegra”, frisou.
Fonte:https://portalleodias.com/noticias/pf-conclui-que-assinatura-de-medico-em-laudo-publicado-por-marcal-contra-boulos-e-falsa
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