No seu primeiro depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Ronnie Lessa, ex-policial militar e assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez exigências específicas. Lessa pediu que os mandantes do crime fossem retirados da sala virtual de audiências e que o depoimento fosse mantido em sigilo. Em sua declaração, o atirador afirmou que, apesar de ter cometido os disparos que resultaram nas mortes, não se considera mais criminoso do que os outros envolvidos no caso.
Lessa fez referência ao deputado federal Chiquinho Brazão, ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão e ao delegado da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, acusando-os de serem tão perigosos quanto ele. Segundo Lessa, eles são “pessoas de alta periculosidade” e, na sua visão, representam um perigo ainda maior do que se possa imaginar.
Durante a audiência, conduzida com perguntas da Procuradoria Geral da República e de assistentes de acusação, Lessa impôs condições para revelar detalhes sobre a autoria e o planejamento do crime, que levou cinco anos para ser esclarecido. Ele enfatizou a gravidade dos mandantes, tentando justificar suas próprias ações e colocando-se como parte de um esquema mais complexo e perigoso.
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