Elon Musk, CEO do X (antigo Twitter), anunciou que divulgará a partir deste domingo (1º) uma "longa lista de crimes" do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão imediata da rede social em todo o Brasil, a partir de sexta-feira (30). Em uma série de postagens, Musk chamou Moraes de "ditador" e "fraude", alegando que suas ordens são "ilegais" e contrárias às leis brasileiras. Ele criticou a decisão de Moraes, afirmando que o ministro está atacando a principal fonte de notícias no Brasil e a liberdade de expressão.
Musk incentivou os usuários do X a utilizar uma VPN para contornar a suspensão e acessou a plataforma sem identificar-se. Moraes havia inicialmente decidido bloquear o download de aplicativos de VPN e do X nas lojas virtuais Apple Store e Google, mas recuou parcialmente, suspendendo essa ordem para evitar problemas às empresas envolvidas. Moraes agora aguarda novas manifestações antes de decidir sobre o bloqueio.
Além de suas críticas, Musk também compartilhou piadas e memes sobre Moraes, incluindo uma imagem que comparava o ministro a um vilão fictício. Em outros posts, ele denunciou o que chamou de "regime opressivo" brasileiro e fez referências ao jornalista e ativista ambiental Michael Shellenberger, que divulgou e-mails internos do Twitter que, segundo Musk, corroboram suas acusações contra Moraes.
A suspensão do X foi decidida após a recusa da plataforma em apontar um novo representante legal no Brasil. Moraes havia dado um prazo de 24 horas para que o X cumprisse a ordem, que expirou na quinta-feira (29), resultando na suspensão efetiva do serviço a partir da meia-noite de sábado (31).