A filha de Claudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Apae desaparecida desde 6 de agosto, revelou em entrevista que sua mãe e Roberto Franceschetti Filho, presidente da instituição preso na manhã de quinta-feira (15), eram amigos próximos há mais de uma década. Letícia da Rocha Lobo expressou surpresa com a prisão de Roberto, ressaltando que sua mãe e o presidente tinham uma relação pessoal e profissional muito boa, incluindo viagens e encontros frequentes.
Letícia comentou que manteve contato com Roberto diariamente após o desaparecimento de sua mãe e que não havia sinais de que algo estava errado com Claudia antes de seu sumiço. A família está perplexa, pois Claudia era descrita como uma pessoa aberta e envolvida com o trabalho, sem indícios de que poderia estar em perigo.
A Apae também ficou surpresa com a prisão de Roberto e destacou que o caso não tem relação com os serviços prestados pela instituição. A entidade anunciou o adiamento da Feira da Bondade e informou que Roberto foi afastado da diretoria, sendo substituído por Maria Amélia Moura Pini Ferro. Apesar da situação, os atendimentos da Apae continuam normalmente.
Roberto Franceschetti foi preso em sua residência, onde foi encontrada uma pistola calibre 380, compatível com um estojo encontrado no carro de Claudia. A prisão foi confirmada após um sinal de celular indicar sua presença no local onde o veículo foi encontrado. Durante a perícia, foram detectados vestígios de sangue no carro, levando a polícia a investigar a possibilidade de homicídio. Roberto foi levado ao CDP de Pirajuí e teve sua prisão temporária de 30 dias decretada. A defesa de Roberto ainda não teve acesso completo à investigação, que está sob segredo de Justiça.
O desaparecimento de Claudia foi registrado em imagens de câmeras de segurança mostrando-a saindo da Apae com um envelope e sem levar seus pertences pessoais. O carro dela foi encontrado em 7 de agosto, e imagens mostraram o veículo em trânsito, mas sem identificação do motorista.
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