O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), respondeu nesta segunda-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a megaoperação policial que deixou mais de 120 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.
No documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, o governador defende a ação e diz que o “nível de força foi compatível com as ameaças enfrentadas” pelas equipes. Segundo ele, os policiais reagiram a criminosos armados com fuzis e que a operação foi planejada com base em informações de inteligência.

crédito: Philippe Lima / divulgação
Castro afirmou que a operação seguiu as determinações da Justiça, com mandados judiciais, uso de viaturas blindadas e respeito às regras da ADPF das Favelas, que limita o uso de força nas comunidades. O governo também destacou que não houve uso de escolas ou creches como base e que todas as mortes serão investigadas.
A megaoperação, realizada em 28 de outubro, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar. O saldo oficial foi de 117 suspeitos mortos e quatro policiais.
A resposta de Castro veio após o ministro Moraes pedir explicações sobre o alto número de mortes e possíveis abusos. Organizações de direitos humanos questionam a proporcionalidade da força usada e cobram mais transparência sobre quem foram as vítimas da ação.
Mesmo sob críticas, o governador manteve o tom firme: disse que:
“a polícia agiu para proteger o cidadão de bem” e que o Estado “não vai se curvar ao crime organizado”.