Nesta sexta-feira, 23 de agosto, a região de Ribeirão Preto, SP, enfrenta uma grave crise devido a incêndios em vegetação que têm causado bloqueios em rodovias e sérios transtornos. Desde a quinta-feira, 22, as chamas afetaram diversas rodovias, incluindo a Cândido Portinari, a Carlos Tonani e a Antônio Machado Sant'Anna, obrigando o fechamento total dessas vias nos dois sentidos. A visibilidade prejudicada pela fumaça gerou congestionamentos e complicações para motoristas.
O incêndio também resultou em tragédia em Urupês, onde dois funcionários de uma usina faleceram tentando controlar o fogo. Além disso, um acidente envolvendo sete veículos foi registrado na Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), causado pela fumaça, com duas pessoas feridas.
A situação levou à suspensão de aulas na Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Sertãozinho e afetou a rotina de várias cidades, incluindo São José do Rio Preto, que registrou 335 focos de incêndio em quatro dias e enfrentou 60 ocorrências de incêndio em apenas 24 horas. Em Itapetininga e Piracicaba, os incêndios também causaram sérios danos e requerem a ajuda de aviões para combate.
Além dos bloqueios, a visibilidade nas rodovias é extremamente reduzida, tornando o trânsito perigoso. A Arteris Via Paulista e EcoNoroeste, concessionárias responsáveis pelas rodovias, bloquearam diversos trechos e reforçaram a necessidade de evitar essas rotas quando possível. A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) repudiou os incêndios criminosos e destacou o compromisso dos produtores com práticas sustentáveis e a prevenção de incêndios.
A situação crítica é exacerbada pelo tempo seco e pelos ventos, que favorecem a propagação das chamas, e a baixa umidade do ar, que chegou a 15% em algumas áreas, contribui para o alerta vermelho de calor. O governo estadual formou um gabinete de crise para lidar com a emergência e buscar soluções para o problema.
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