Enquanto o Brasil celebra o Dia do Trabalhador com shows e discursos políticos, uma categoria essencial vive à margem do que se entende por dignidade: os entregadores de aplicativos. E agora, eles planejam uma nova paralisação nacional.
Afinal, quanto vale o tempo, o risco e o suor de quem cruza a cidade com um pedido nas costas?
“Tem dia que trabalho 12 horas pra ganhar R$ 80. Isso é normal?”
A declaração é de Jéssica, 29 anos, entregadora em Belo Horizonte. Ela participou hoje de uma plenária virtual com colegas de todo o país. O motivo? Organizar o que pode ser a maior greve da categoria desde 2020.
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As principais pautas:
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Valor mínimo por entrega
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Fim do bloqueio injusto de contas
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Seguro contra acidentes
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Pagamento por tempo de espera
Você aceitaria ser monitorado por um algoritmo que pode te desligar sem explicação?
Silêncio das plataformas: por que elas não respondem?
iFood, Rappi e outras empresas foram questionadas hoje pelo Opina News, mas até o momento da publicação, nenhuma se posicionou. Esse silêncio tem sido uma constante.
Nas redes, o movimento ganha força com hashtags como #BrequeDosApps e #ExploraçãoTemLimite. Um vídeo de um entregador desmaiando de exaustão em São Paulo atingiu mais de 3 milhões de visualizações no TikTok.
Se o sistema depende deles, por que eles são os mais desvalorizados?
A economia vai parar?
Empresas que dependem de delivery, especialmente em grandes centros, já demonstram preocupação. Na última greve, alguns restaurantes relataram queda de até 60% nos pedidos.
Você conseguiria passar uma semana sem delivery? E se os entregadores desaparecessem amanhã?
O que vem agora?
A nova greve ainda não tem data definida, mas os organizadores garantem: será maior, mais coordenada e com apoio de outros movimentos sociais.
Enquanto isso, nas ruas, a luta continua: sem garantias, sem direitos, sem descanso.
No Brasil de 2025, é possível ser livre trabalhando sob pressão de um aplicativo?
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