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Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

Justiça

Dois pesos, duas medidas?

Collor vs. Karine Lopes: condenações polêmicas do STF

João Vitor  : Opina News / MTB 0098325/SP
Por João Vitor : Opina News /...
Dois pesos, duas medidas?
João Vitor de Souza Queiroz
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A Justiça brasileira tem sido alvo de debates intensos nas redes sociais após duas condenações recentes chamarem atenção pela diferença de gravidade dos atos e das penas aplicadas: a do ex-presidente Fernando Collor de Mello e a de Karine Lopes, manifestante dos atos de 8 de janeiro de 2023.

 

Collor: corrupção e lavagem de dinheiro com pena em casa

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Fernando Collor, que já foi presidente da República entre 1990 e 1992, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso envolve desvios de mais de R$ 20 milhões na BR Distribuidora, entre os anos de 2010 e 2014. Segundo o Ministério Público Federal, Collor teria usado sua influência política para favorecer empresas em contratos com a estatal.

 

Apesar da gravidade dos crimes e da condenação no STF, Collor não será preso em regime fechado: a 1ª Turma do Supremo decidiu que ele cumprirá a pena em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, restrição de visitas e proibição de sair de casa sem autorização judicial. O ex-presidente ainda pode apresentar recursos.

 

Karine Lopes: 17 anos por participação nos atos de 8 de janeiro

 

A esteticista Karine Lopes foi condenada pelo mesmo STF a 17 anos de prisão por sua participação nos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes. Entre as ações atribuídas a ela, está o ato de ter pintado de rosa a escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal. A pena considerou crimes como:

 

Abolição violenta do Estado democrático de direito

 

Golpe de Estado

 

Dano qualificado ao patrimônio público

 

Associação criminosa

 

 

Karine cumpre pena em regime fechado.

 

Repercussão e questionamentos

 

A discrepância entre as duas condenações gerou forte repercussão nas redes sociais e na imprensa. Enquanto Karine, sem antecedentes, foi condenada a quase duas décadas de reclusão por atos simbólicos e danos materiais, Collor, envolvido em esquema milionário de corrupção, cumprirá pena em casa.

 

Juristas apontam que as penas aplicadas aos réus dos atos de 8 de janeiro buscam reforçar o compromisso com a democracia. No entanto, o contraste com a pena branda e domiciliar de um ex-presidente condenado por corrupção levanta dúvidas sobre a isonomia e proporcionalidade no sistema judicial brasileiro.

 

Fontes:

 

Supremo Tribunal Federal (stf.jus.br)

 

Ministério Público Federal (mpf.mp.br)

 

G1, UOL, CNN Brasil, Poder360

FONTE/CRÉDITOS: João Vitor: Opina News
Comentários:
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