Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, revelou que a principal evolução no arsenal do grupo desde 2006 é a ampliação dos sistemas de orientação de precisão. O Hezbollah agora possui a capacidade de adaptar foguetes com sistemas de orientação dentro do Líbano. O grupo utiliza diversos modelos iranianos, como os foguetes Raad, Fajr e Zilzal, que possuem maior carga útil e alcance em comparação aos antigos Katyushas. Recentemente, o Hezbollah disparou foguetes Katyushas e Burkan com carga explosiva de 300-500 kg durante o conflito de Gaza desde outubro, e também introduziu o Falaq 2, que tem uma ogiva maior do que o Falaq 1.
Além dos foguetes, o Hezbollah tem usado mísseis antitanque, incluindo o Kornet russo e o al-Mas iraniano, que pode atingir alvos além da linha de visão com uma trajetória arqueada, possibilitando ataques de cima. Esses mísseis fazem parte de uma linha de armas produzidas pelo Irã através de engenharia reversa baseada nos mísseis Spike israelenses.
No campo dos mísseis antiaéreos, o Hezbollah derrubou vários drones israelenses, incluindo os modelos Hermes 450 e 900, marcando a primeira vez que o grupo utilizou essa capacidade. Também afirmaram ter disparado contra aviões de guerra israelenses, embora não tenham especificado o tipo de arma utilizada.
Em relação aos drones, o Hezbollah tem empregado drones explosivos unidirecionais e drones que lançam bombas e retornam ao Líbano. O grupo utiliza modelos locais como Ayoub e Mersad, que são mais baratos e simples de fabricar.
Por fim, o Hezbollah demonstrou possuir mísseis antinavio, incluindo o Yakhont de fabricação russa com alcance de 300 km, adquirido após a guerra de 2006. Embora o Hezbollah não tenha confirmado oficialmente a posse desse míssil, ele foi usado anteriormente para atingir um navio de guerra israelense a 16 km da costa em 2006.
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