O pai que confessou ter matado o próprio filho de 11 anos, em João Pessoa (PB), trocou mensagens com a mãe da criança afirmando que “estava tudo bem”, mesmo depois de o menino já ter sido assassinado, segundo a perícia. As conversas foram divulgadas pela TV Cabo Branco nesta segunda-feira (3).
Davi Piazza Pinto, de 45 anos, foi preso no domingo (2), em Florianópolis (SC), após se apresentar à polícia e confessar o crime. Ele é apontado como autor da morte de Arthur, que tinha autismo e deficiência visual.
De acordo com a investigação, pai e filho estavam hospedados em um apartamento no bairro de Manaíra desde a sexta-feira (31). Davi havia viajado de Santa Catarina para João Pessoa com o argumento de que queria se reaproximar do menino e ajudá-lo nos cuidados diários.
Mensagens após o assassinato
Na manhã de sábado (1º), Aline Lorena, mãe de Arthur, trocou mensagens com o ex-companheiro perguntando sobre o filho. “Tudo bem por aí? Arthur foi ao banheiro e comeu?”, escreveu, pedindo também uma foto da criança.
Davi respondeu que mandaria a imagem “quando desse” e afirmou que falaria com ela mais tarde. Às 17h51, já no fim da tarde, Aline voltou a perguntar se estava tudo bem. “Tudo bem sim. Fica tranquila. Quando der eu falo com você”, respondeu o pai.
Segundo a perícia, Arthur já estava morto nesse momento.

Corpo encontrado em área de mata
Conforme a Polícia Civil, o crime aconteceu dentro do apartamento em que Davi estava hospedado. Depois de matar o filho por asfixia, ele teria colocado o corpo em um saco plástico preto e levado o menino de carro por aplicativo até uma área de mata no bairro Colinas do Sul, onde o enterrou parcialmente. O corpo foi encontrado na noite de sábado (1º).
Confissão e comoção
Após o crime, Davi ligou para a mãe da criança, confessou o assassinato e indicou o local onde havia ocultado o corpo. Em seguida, se apresentou voluntariamente à polícia em Florianópolis.
“Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa. O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, com 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, disse a mãe, Aline Lorena.
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