Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21 anos, foi presa nesta segunda-feira (17) pela suspeita de ter mandado matar Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A mulher se entregou na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio. Ao lado do advogado, Diogo Macruz, a prisão aconteceu 13 dias após o crime que tirou a vida da jovem, em 4 de novembro.
Mesmo depois da jovem ter se entregado, a defesa de Gabrielle acredita na inocência da cliente. “Acredito que Gabrielle estaria entre os intermediários ali. Acredito que exista um outro ou uma outra mandante”, revelou.
“Pretendo provar a inocência dela no Judiciário. Mas ela fez questão de dizer que não conhece duas pessoas que estão nos autos”, completou Macruz.
Caso Laís: história marcada por ciúmes e disputa por guarda de criança
De acordo com as investigações policiais, Gabrielle Cristine é a principal suspeita do crime em uma história marcada por ciúmes, obsessão e disputa pela guarda da criança.
Segundo a polícia, Gabrielle desenvolveu uma fixação doentia pela menina Alice, filha de Laís com Lucas Soares Ramos. Testemunhas afirmaram que ela exigia ser chamada de “mãe”, interferia na rotina escolar da criança e fazia ameaças constantes à mãe biológica.
Familiares e amigos descreveram o comportamento da suspeita como controlador e possessivo. A avó paterna da menina contou que Alice se referia à madrasta como “mamãe Gabi”, e o ex-companheiro de Laís, Eimar Felipe, disse que Gabrielle “competia o tempo todo com a mãe” e tentava mostrar que podia oferecer mais à criança.
Laís foi morta com um tiro na nuca em 4 de novembro, enquanto empurrava o carrinho do filho mais novo, de 1 ano e 8 meses. O bebê não se feriu. Os executores do crime, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, confessaram à polícia que participaram do assassinato e disseram ter recebido R$ 20 mil pelo serviço.
Na última quarta-feira (12), a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu Ingrid Luiza da Silva Marques, supostamente amiga de Gabrielle, acusada de ter indicado um executor, Davi de Souza Malto, para a mandante do assassinato.
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