Em agosto de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma queda de 0,14%, contrastando com a alta de 0,26% em julho. No acumulado do ano, o INPC subiu 2,80%, e nos últimos 12 meses, a alta foi de 3,71%, comparada a 0,20% em agosto de 2023.
O grupo Alimentação e Bebidas continuou a sua trajetória de queda, com uma redução de 0,10% em agosto, marcando o segundo mês consecutivo de baixa. Essa queda foi puxada principalmente pelo subgrupo Alimentação no Domicílio, que viu preços mais baixos para batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%). Em contraste, itens como mamão (17,58%), banana-prata (11,37%) e café moído (3,70%) tiveram aumentos. O gerente da pesquisa de preços do IBGE, André Almeida, atribui a redução nos preços à maior oferta de produtos, impulsionada por condições climáticas mais favoráveis.
O grupo Habitação teve um impacto positivo devido à deflação da energia elétrica residencial, que caiu 2,77% em agosto, resultado da mudança de bandeira tarifária de amarela para verde. Esse declínio contribuiu negativamente para o índice geral, com uma redução de 0,11 pontos percentuais.
O grupo Transportes mostrou estabilidade, com uma alta de 0,61% nos combustíveis, incluindo gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%). A gasolina teve a maior contribuição positiva para o IPCA de agosto, com 0,04 pontos percentuais. Em contraste, a passagem aérea caiu 4,93%, influenciando negativamente o índice com uma contribuição de -0,03 pontos percentuais.
Os serviços também desaceleraram, com uma alta de 0,24% em agosto, após 0,75% em julho. A queda nos preços de passagem aérea (-4,93%), pacote turístico (-1,34%) e aluguel de veículo (-6,40%) ajudou a desacelerar o índice de serviços. No entanto, a inflação de serviços no acumulado dos últimos 12 meses aumentou para 5,18%, o maior valor desde fevereiro.
Os monitorados, que incluem itens com preços regulados ou contratuais, também foram impactados pela queda na energia elétrica, com a inflação caindo de 7,04% em julho para 5,58% em agosto, o menor resultado desde julho de 2023.
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