Neste sábado (28), a Polícia Federal prendeu Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa e esposa do atual prefeito Cícero Lucena, sob a acusação de participar de um esquema com facções criminosas para influenciar as eleições municipais. De acordo com a decisão judicial, Lauremília teria nomeado pessoas indicadas por criminosos em cargos na prefeitura, em troca de apoio em áreas controladas por essas facções.
As investigações revelam que Lauremília, juntamente com os líderes de facção David Sena e Keny Rogeus, teria feito acordos para garantir influência política. A Justiça a acusa de crimes graves, como peculato, coação eleitoral e constrangimento ilegal. O esquema supostamente incluía ameaças a eleitores e opositores, além de promessas indevidas em troca de votos.
A operação que resultou em sua prisão é a terceira fase da Operação Território Livre, realizada com o apoio do GAECO, grupo especializado no combate ao crime organizado. David Sena está foragido, enquanto Keny Rogeus teve seu mandado de prisão cumprido dentro do presídio.
Os advogados de Lauremília optaram por não comentar o caso. Por sua vez, Cícero Lucena defendeu-se publicamente, alegando que a operação é um ataque político por parte de adversários, especialmente em um momento tão crítico, próximo das eleições.
Com as eleições municipais se aproximando, o caso levanta preocupações sobre a integridade do processo eleitoral em João Pessoa e sobre o envolvimento de figuras públicas em atividades criminosas. A situação é ainda mais complexa, dada a proximidade das eleições e a tensão política no estado. A continuidade das investigações e a resposta da Justiça serão cruciais para a apuração dos fatos e a defesa da legitimidade do pleito.
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